GRUPO ESCOLAR VILA MARIA (ESCOLA ESTADUAL SUELY A.MELLO)
AUTOR(ES): P.MENDES DA ROCHA; J. DE GENNARO
DATA DE PROJETO: 1962
LOCALIZAÇÃO: R. SIQUEIRA CAMPOS 845, SÃO JOSÉ DOS CAMPOS, SP.
FONTES DE PESQUISA: PENEDO, 1997, P.160; ACRÓPOLE N.341, P.21, AGO.1967.
REFERÊNCIA DO TEXTO: ZEIN, 2005: P.129

A busca de grande contenção, compacidade e homogeneidade privilegia a unidade plástica do edifício. O terreno de esquina relativamente exíguo é ocupado por volume retangular de ~25 x 60 m; o acesso e as salas de aula ocupa, o pavimento apoiado na cota superior do terreno, e graças ao declive de quase 3 m o volume ganha um pavimento inferior que abriga as áreas comuns cobertas e abertas; uma faixa central de pé-direito duplo ocupa toda extensão do bloco e ilumina os ambientes zenitalmente.

Exceto pelos pilares que sustentam a porção elevada do pavimento superior dispostos em linha recuada da fachada adotando um desenho em V que facilita o apoio do balanço resultante, o restante da estrutura não se revela separadamente da apreensão da solução arquitetônica e espacial, formando um todo mais ou menos contínuo, homogeneizado pelo uso do concreto aparente em lajes, parapeitos, arrimos, paramentos, septos, escadas; não há vigas aparentes, mas lajes maciças ou com vigas invertidas da cobertura, planaridade que reforça a continuidade dos planos horizontais e verticais. As duas fachadas menores também são fechadas por empenas de concreto que ressaltam o desenho dinâmico do volume, meio apoiado, meio em balanço, e o perfil do pilar, dando destaque para a calha de recolhimento das águas pluviais disposta em um detalhe sobressalente ligeiramente inclinado.

A riqueza espacial resulta da definição de implantação do edifício, mas detalhes e cuidados de toda ordem se integram na solução, como o paramento-brise que protege as salas de aula da insolação meridiana, apoiado em septos dispostos nas linhas divisórias das salas de aula, posicionados ligeiramente separados da laje de cobertura; o vazio obtido melhora a circulação de ar e possivelmente serve de plano de reflexão para incrementar a luz interna no período vespertino, quando não há insolação direta. A franca acessibilidade dos ambientes da escola transforma-a numa espécie de praça coberta conectada ao entorno, sem perda de certa intimidade e sentido comunitário dos espaços interiores.

 

FOTOS:

 
Fonte: Acrópole n.341, ago.1967.    

LOCALIZAÇÃO:

 

DESENHOS TÉCNICOS: THALITA AMBROGI


 

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